Paraguai: Tempos pré-colombianos
Quando chegaram os conquistadores europeus espanhóis ao território que hoje conhecemos como Paraguai, ou seja a área localizada entre o Rio Paraná ao leste e o Rio Paraguai ao oeste estava habitado por diversas etnias indo americanas que estavam em estado de guerra entre elas.
Estas etnias pertenciam a três conjuntos diferentes: os pámpidos, os lágidos e os amazónidos. Linguisticamente existiam três grupos principais: os povos mascoyanos, os povos mataco-guaicurú e os povos tupis-guaranis.
Até o século XV os amazónidos avá conhecidos comumente como guaranis conseguiram avançar desde o norte e o leste devido a sua superioridade numérica e por possuir uma cultura material mais desenvolvida, praticavam horticultura de mandioca, milho e amendoim;
Esta pratica lhes permitia manter a população em constante crescimento demográfico, o que era de suma importância para conquistar novos territórios.
O primeiro encontro documentado dos guaranis com os europeus, foi com Alejo Garcia, um explorador português, que participou de várias expedições para América do Sul com os navios espanhóis e depois de ter naufragado na ilha de Santa Catarina em 1525, liderou antes de 1533 a um forte contingente de guaranis que percorrendo o curso do Rio Picomayo chegou até as fronteiras de Tahuantinsuyu (hoje em dia seria a área de Cochabamba) ali obteve alguns combates exitosos e retornou com destino a costa atlântica com muitos objetos de prata e ouro, sendo morto no caminho, assim mesmo os europeus que estavam na costa do Atlântico souberam da sua grande façanha .
As alianças entre guaranis e espanhóis se desenvolveram com forca e em oposição a outras etnias, principalmente os guaicurus e mbyás entre os que se encontravam os agaces e os payaguas que acabaram desaparecendo, em grande parte pelos ataques em conjunto de guaranis com espanhóis e em parte também pela própria cultura, como por exemplo ter somente um único filho por casal, o que os fez visivelmente mais fracos na confrontação.